A Ouro Preto vai começar a perfurar seus primeiros poços na Bacia do Parnaíba até o início de agosto, com a sonda QG-2, da Queiroz Galvão Óleo & Gás, e suporte técnico da Halliburton. A campanha envolverá a perfuração de três poços nos blocos PN-T-137, PN-T-165 e PN-T-114, arrematados na 11ª rodada, e a operação de mobilização da unidade já tem quase 60% do trabalho concluído.
A primeira perfuração será feita no PN-T-137, no Piauí, e está programada para atingir a profundidade final de 2,19 mil m. Cada poço deverá consumir cerca de um mês de trabalho.
A sonda QG-2 está sendo trazida do Solimões, por meio de balsas e 75 carretas. O translado teve início há exatos dois meses e, até o momento, 43 carretas já tinham chegado à locação, seis estavam em trânsito e 26 aguardavam o embarque em Belém.
A segunda perfuração será feita no PN-T-114, localizado no Maranhão, e deverá ter início apenas em meados de setembro. O poço será o mais profundo da campanha, programado para atingir quase 2,5 mil m. Como cada locação está a cerca de 300 km de distância uma da outra, a Ouro Preto optou por utilizar três bases apoio distintas na perfuração.
Concluído o segundo poço, a QG-2 retornará ao Piauí para perfurar no bloco PN-T-165. A perfuração está programada para atingir a profundidade de 2 mil m e ser concluída entre o fim de novembro e o início de dezembro.
Ouro Preto
Confirmando a descoberta de gás na região, a OP planeja seguir o rastro da Eneva e instalar um projeto no modelo reservoir-to-wire. Caso a campanha resulte em descobertas nos três blocos, a estratégia em análise prevê a instalação de três térmicas de 300 MW, cada, com investimento total estimado em US$ 900 milhões e início de operação a partir de 2023.
Com a campanha de perfuração, a Ouro Preto antecipará o compromisso de trabalho assumido com a ANP. A petroleira já cumpriu o programa exploratório mínimo assumido para essas áreas. Além desses três blocos, a empresa responde pela operação de outros quatros na região, um também arrematado na 11ª rodada, o PN-T-151, que guarda similaridade geológica com o PN-T-137, e três adquiridos no 13º leilão – PN-T-145, PN-T-162 e PN-T-65.
O resultado da campanha de perfuração dos três poços irá auxiliar a Ouro Preto a definir a locação do levantamento sísmico dos blocos da 13ª rodada e da possível perfuração de um novo poço no PN-T-151. A campanha sísmica deverá ser executada ao longo de 2019.
Além das sete áreas do Parnaíba, a Ouro Preto opera também o bloco BAR-M-387, localizado em águas rasas da Bacia de Barreirinhas. A petroleira já adquiriu sísmica na área, cumprindo com o compromisso mínimo de trabalho acordado com a ANP, e aguarda o início da campanha da Shell na região para avaliar seus próximos passos.(Fonte)