GM aposta em impressão 3D para produzir autopeças mais leves e baratas. A General Motors afirmou nesta quinta-feira que está trabalhando com a produtora de software de design Autodesk para fabricar autopeças impressas em três dimensões que podem ajudar a montadora a cumprir metas de adicionar veículos de combustíveis alternativos.
No ano passado, a montadora norte-americana anunciou um plano ambicioso de adicionar 20 novos veículos elétricos a bateria e a célula de combustível a sua linha de modelos até 2023. A presidente-executiva da montadora, Mary Barra, prometeu a investidores que a GM vai ter lucro com a venda de veículos elétricos até 2021.
A capacidade de imprimir autopeças leves pode transformar a indústria de veículos elétricos ao torná-los mais leves, o que aumenta o alcance dos automóveis e reduz as preocupações dos consumidores com a limitação de distância que podem percorrer.
Executivos da GM exibiram nesta semana suportes de assentos de em aço inoxidável produzidos em impressora 3D que utiliza tecnologia da Autodesk. O sistema usa recursos de computação em nuvem e inteligência artificial baseada em algoritmos para explorar rapidamente múltiplas trocas de design de peça.
Com tecnologia tradicional, a peça exigiria oito componentes e vários fornecedores. Com o novo sistema, o suporte pode ser feito com uma única peça, que parece uma mistura de arte abstrata com um filme de ficção científica e é 40% mais leve e 20% mais forte, disseram as empresas.
Impressão 3D na indústria
Outras empresas industriais como a General Electric também estão aumentando o uso da impressão 3D. A Ford afirmou no ano passado que estava testando impressão 3D para produção em massa.
A GM usa impressoras 3D para produzir protótipos há anos, mas Kevin Quinn, diretor de design e manufatura da montadora, afirmou que em cerca de um ano a GM espera que estas novas peças impressas em três dimensões apareçam em aplicações sofisticadas e esportivas. Em cinco anos, a GM espera produzir milhares ou dezenas de milhares de autopeças em escala, conforme a tecnologia evolua, disse Quinn.
“Esta é nossa panaceia”, disse Quinn. “É isso que queremos alcançar.”
O executivo afirmou que com o tempo peças impressas em 3D vão ajudar a reduzir custos de ferramentas, reduzir a quantidade de material usado, o número de fornecedores necessários para uma peça e custos de logística. (Reuters)