A modernização da legislação trabalhista
A modernização da legislação trabalhista trouxe para o século 21 diversos aspectos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), colocando-a em compasso com a realidade econômica e produtiva brasileira. Atualizado e pautado pelo fortalecimento do diálogo, o novo marco deve também contribuir para a criação de empregos, para o investimento e para maior segurança jurídica nas relações entre empresas e empregados. A conclusão é da Sondagem Especial: Reforma Trabalhista, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A pesquisa mostra que as expectativas dos empresários da indústria são positivas quanto aos efeitos da nova legislação. Entre aqueles que conhecem a Lei nº 13.467/17 de pelo menos ouvir falar, 70% acreditam que ela contribuirá, certamente ou provavelmente, para a geração de empregos. Neste mesmo universo, 73% creem que a nova legislação contribuirá para a segurança jurídica nas relações do trabalho e 62% dos empresários afirmam que contribuirá para o aumento dos investimentos.
 “A lei por si só, não gera empregos e aumenta os investimentos das empresas. Mas, ao contribuir para maior segurança jurídica nas relações do trabalho, ela sinaliza para as empresas um cenário de negócios menos hostil para as empresas.
“A lei por si só, não gera empregos e aumenta os investimentos das empresas. Mas, ao contribuir para maior segurança jurídica nas relações do trabalho, ela sinaliza para as empresas um cenário de negócios menos hostil para as empresas.
A pesquisa aponta uma clara na percepção de melhora no ambiente de negócios, o que é fundamental para que o setor produtivo crie novos postos de trabalho e retome o investimento”, analisa a gerente-executiva de Relações de Trabalho da CNI, Sylvia Lorena.
Amplo conhecimento
A sondagem constata, ainda, que a maioria do empresário industrial buscou ter informações sobre as mudanças trazidas pela reforma trabalhista. De acordo com a pesquisa, oito em cada dez empresas industriais conhecem bem ou conhecem mais ou menos as alterações promovidas em mais de 100 dispositivos da nova legislação e no processo do trabalho. O conhecimento é maior entre as empresas de grande porte (com 250 ou mais empregados), entre as quais 32% afirmam conhecer bem o novo marco legal.
Para os empresários industriais
Para os empresários industriais, o principal avanço são os dispositivos da nova lei que valorizam a negociação coletiva, assegurando que o que for pactuado entre empresas e empregados terá força de lei – chamado negociado prevalecendo sobre o legislado. Numa lista de nove opções de avanços trazidos pela reforma trabalhista, este aspecto foi apontado entre os três mais importantes por 62% daqueles que conhecem a lei de pelo menos ouvir falar.
Em seguida, os empresários indicaram a permissão expressa de terceirizar qualquer etapa do processo produtivo da empresa, apontado por metade dos entrevistados. Em terceiro lugar, o fim da obrigatoriedade da homologação da rescisão do contrato de trabalho no sindicato foi citado por 42% dos ouvidos entre os três principais avanços da reforma trabalhista, “o que revela atenção para a desburocratização dos procedimentos trabalhistas”, observa a pesquisa.
Principais dificuldades
Apesar das expectativas positivas, a adoção das inovações trazidas pela reforma trabalhista pelas empresas deve encontrar alguns obstáculos. Na visão das empresas industriais, a principal dificuldade deve ser a oposição dos sindicatos, assinalado por 67% dos ouvidos. A resistência da Justiça do Trabalho e da fiscalização trabalhista aparecem na sequência, com 46% e 37% das respostas dadas pelas empresas da indústria, respectivamente.
Os dados contrastam com a percepção das empresas em relação ao ambiente da empresas. Apenas 16% dos entrevistados colocam a oposição do pessoal interno como uma dificuldade a ser enfrentada por conta da reforma trabalhista. Além disso, a expectativa das empresas é de melhora no ambiente de trabalho: 44% daquelas que conhecem a lei de pelo menos ouvir falar afirmam que o impacto será positivo e apenas 4% dizem que o impacto será negativo.
Sondagem Especial: Reforma Trabalhista
A Sondagem Especial: Reforma Trabalhista ouviu 3.056 empresas da indústria entre 2 e 17 de outubro de 2017. A amostra é formada por 1.193 empresas de pequeno porte (10 a 49 empregados), 1.161 de médio porte (50 a 249 empregados) e 702 de grande porte (mais de 250 empregados).
SAIBA MAIS – Acesse a página da Sondagem Especial: Reforma Trabalhista para fazer o download da publicação.
 
            





