Aos poucos, a Peugeot começa a mostrar quais são seus planos para o mercado brasileiro. Em entrevista à agência Reuters, o presidente mundial da marca, Jean-Philippe Imparato, confirmou o lançamento do SUV 5008, e disse que estuda vender a futura picape média no Brasil. A meta é equiparar a gama brasileira com a da Europa em cinco anos.
SUV 5008 é parte de estratégia da Peugeot
O 5008 virá como parte da estratégia da Peugeot de melhorar sua percepção entre os brasileiros. “Volume não é nossa preocupação. Prefiro elevar minha imagem de marca…”, disse Imparato. “Não vamos mais cair na tentação de criar um carro pequeno desenvolvido especialmente para o Brasil. Paramos de vender a qualquer preço. O Brasil tem que entrar na convergência e ter a mesma gama de veículos que a Europa em cinco anos.”
Começaram essa mudança com a chegada do 3008. Apesar de ainda estar com um volume pequeno de vendas, a Peugeot está gostando do resultado. De acordo com Ana Theresa Borsaria, diretora-geral da marca no Brasil, a fila de espera do SUV é de 4 meses e a cota inicial de 250 unidades por mês foi elevada para 900 veículos, todos importados da França.
Derivado do 3008, o 5008 é um SUV de sete lugares com 4,64 metros de comprimento, o maior da fabricante. É vendido na Europa com motor 1.2 turbo de 130 cv e o 1.6 THP de 165 cv, além de variantes a diesel. Já foi flagrado rodando pelo Brasil, reconhecido pela moldura cromada na coluna C e pela longa terceira janela lateral.
Picape média também virá
Além do SUV, a Peugeot estuda a venda de uma inédita picape média. O modelo está sendo desenvolvido em parceria com os chineses da Changan para o mercado global. A versão vendida no Brasil deve ser produzida na Argentina, para equilibrar a balança de modelos fabricados entre os dois países.
Depois de tantas notícias, há uma ruim. Agora dona da Opel, a PSA não tem planos de trazer os carros da marca ao Brasil. O presidente do grupo para a América Latina, Carlos Gomes, afirma que apenas o Chile irá comercializar os veículos da marca pelos próximos dois ou três anos. “A prioridade da Opel é a Europa”, disse o executivo.