Engie e Pátria interessados em gasodutos da Petrobras

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A francesa Engie e a brasileira Pátria Investimentos

SÃO PAULO (Reuters) – A francesa Engie e a brasileira Pátria Investimentos estão entre os 20 grupos interessados em uma participação controladora na rede de gasodutos da Petrobras no Nordeste, disseram quatro pessoas com conhecimento do assunto.

A estatal Petrobras receberá a primeira rodada de propostas não vinculantes para uma fatia de 90 por cento na Transportadora Associada de Gás, conhecida como TAG, até o fim de novembro, disseram as pessoas.

Outros concorrentes pela TAG

Outros concorrentes pela TAG, que detém 4.500 quilômetros de dutos para gás natural que cobrem a região Nordeste do Brasil, são o Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB), a EIG Global Energy Partners e a Mubadala Development, da Abu Dhabi, acrescentaram as fontes, que pediram anonimato porque não possuem autorização para discutir o tema publicamente.

O fundo soberano de Cingapura GIC Pte, que comprou uma participação minoritária em uma rede de gasodutos na região Sudeste do Brasil, vendida pela Petrobras no ano passado, também está analisando uma possível oferta, disseram as fontes.

A Petrobras, EIG, Engie, GIC e Mubadala não comentaram imediatamente sobre o tema. A CPPIB não quis comentar.

A venda da TAG

A venda da TAG é parte importante do programa de desinvestimentos da Petrobras, que deve somar 21 bilhões de dólares entre 2017 e 2018, uma vez que a companhia busca reduzir sua dívida de 95 bilhões de dólares, a maior da indústria do petróleo.

O negócio poderá ser um dos maiores desinvestimentos da Petrobras neste ano, uma vez que a estatal espera maior interesse de investidores ao passo que o Brasil lentamente se recupera de sua pior recessão em um século.

Uma das fontes disse que a Petrobras almeja alcançar um preço acima dos 5,2 bilhões de dólares pagos por um grupo liderado pela Brookfield Asset Management por outra rede de gasodutos, a Nova Transportadora do Sudeste.

Embora a TAG tenha uma rede menor e atenda a uma área com menor consumo de gás, melhores perspectivas de crescimento com o crescimento da economia poderiam justificar o preço mais alto, segundo as fontes.