Fórum mundial sobre GLP
O diretor-geral Décio Oddone e o diretor Aurélio Amaral representam a ANP no 30th World LPG Forum, que ocorre de 3 a 5/10 no Marrocos. O evento ocorre anualmente e reúne representantes de diversos países para debater temas relacionados à indústria de gás liquefeito de petróleo (GLP).
Nesta quarta-feira (4/10), Décio Oddone participou como palestrante da mesa redonda “Fuelling New Markets”, presidida por Sanjiv Singh, presidente da Indian Oil Corporation Limited.
Ele e Aurélio Amaral participaram ainda do almoço-palestra “LPG in Brazil: new challenges”, sobre o mercado de GLP no País, ao lado de Sergio Bandeira de Mello (SindiGás) e Ricardo Tonietto (AIGLP).
O setor de petróleo e gás no Brasil
Oddone destacou que o setor de petróleo e gás no Brasil passa hoje por seu momento de maior transformação, com abertura do mercado e maior diálogo do Governo e da ANP com os agentes econômicos.
“Nas últimas décadas, vivemos sob o monopólio da Petrobras como única fornecedora de derivados de petróleo. A abertura que ocorreu no upstream em 1997 não se refletiu nos outros segmentos da indústria. A situação que vivemos agora é muito interessante, pois ocorre simultaneamente a abertura de todos os segmentos da indústria. A Petrobras está se reposicionando e vendendo ativos também nas áreas de gás natural e downstream”, afirmou.
Setor de revenda de GLP sempre foi dinâmico
O diretor-geral ressaltou ainda que o setor de revenda de GLP sempre foi dinâmico, competitivo e eficiente. “Isso fez com que o GLP ganhasse uma universalidade no Brasil. Precisamos que isso se estenda ao restante da cadeia, na produção, na importação e na armazenagem. Com o programa Combustível Brasil, do Governo, e as novas regulamentações que a ANP vai implementar, esperamos que isso seja possível. Queremos um mercado aberto e competitivo em todos os segmentos da área de GLP, que possa competir em condições de igualdade com outros combustíveis”.
Aurélio Amaral apresentou um panorama do mercado de combustíveis no Brasil, com foco no GLP. Ele detalhou dados de consumo, agentes econômicos atuantes em cada etapa da cadeia e a infraestrutura existente.
Produção de combustíveis segue constante
O diretor ressaltou que a produção de combustíveis segue constante, enquanto a demanda tende a crescer. “Temos um déficit razoável de todos os combustíveis. Com a retomada do crescimento econômico, a previsão é de aumento da demanda em cerca de 3% por ano. Com relação ao GLP, apesar da ter havido uma redução no déficit, ainda somos um grande importador. Precisaremos de investimentos em refino e expansão dos nossos terminais. Para os investidores, é um momento de oportunidade”.
Amaral lembrou ainda os programas do Governo Federal que estão em curso para incentivar o desenvolvimento do setor, com foco na iniciativa Combustível Brasil, coordenada pelo Ministério de Minas e Energia, ANP e Empresa de Pesquisa Energética (EPE). “O programa tem quatro eixos principais: o redesenho do abastecimento de combustíveis, entre eles o GLP; regras de acesso de terceiros, uma vez que hoje boa parte da infraestrutura primaria está nas mãos da Petrobras; formas de atrair investimentos; e estímulo à concorrência, com regras mais transparentes”.