MAN Latin America
A MAN Latin America voltou a operar, neste mês, em semana completa e contou com o retorno de funcionários que estavam com os contratos suspensos, após operar por dois anos em jornada reduzida de quatro dias por semana em sua fábrica, localizada em Resende (RJ). A empresa informa que, até dezembro, terá de recorrer a horas extras para dar conta da demanda e pretende contratar novos colabores.
Desde o início da crise econômica
Desde o início da crise econômica, a montadora fechou 2,3 mil vagas. Hoje, emprega 3,2 mil pessoas, incluindo funcionários dos fornecedores que operam no complexo de Resende.
De acordo com o presidente da MAN Latin America, Roberto Cortes, o próximo passo é a contratação de profissionais em setembro, quando a empresa vai iniciar a produção de uma nova linha de veículos. “Vamos ter de trabalhar três sábados por mês até o fim do ano”, disse.
O executivo explica que o trabalho extra já foi acertado com o sindicato dos metalúrgicos local e que a venda para a Ambev, de 417 caminhões que devem ser entregues até o fim do ano, impulsionou o aumento das horas trabalhadas.
Ociosidade
A recuperação da MAN, segunda maior fabricante de veículos pesados no País, atrás da Mercedes-Benz, é uma boa notícia para o setor, que opera com cerca de 70% de ociosidade há mais de um ano.
O mercado total de caminhões vendeu este ano, até julho, 25.990 unidades, 14% menos ante igual período de 2016. Em todo o ano passado foram 50,6 mil unidades e a previsão dos fabricantes é de um empate nos números deste ano, ou até um leve crescimento.
Segundo Cortes, a média diária de vendas nos dois primeiros meses do ano era de 155 veículos, volume que passou a 225 unidades de março a maio e nos últimos três meses está em 270 veículos.