Audi: Roscheck espera 10 mil carros em 2017

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Johannes Roscheck, presidente e CEO da Audi do Brasil (foto: Mário Curcio)

Audi

No acumulado até julho de 2017 a Audi vendeu no Brasil 5,3 mil unidades, 22,6% a menos que o anotado no mesmo período do ano passado. A empresa perdeu este ano para a Mercedes-Benz a liderança entre as marcas de luxo e sua vantagem sobre a BMW, terceira colocada, estava abaixo de 90 unidades no acumulado até julho. No entanto, a chegada do novo utilitário esportivo Q5 (veja aqui) e outros fatores devem atenuar a retração de mercado da montadora até o fim de 2017.

Queda de 13,8% em relação a 2016

“Acredito que venderemos cerca de 10 mil carros este ano. O mercado está um pouco melhor”, afirma o presidente e CEO da Audi do Brasil, Johannes Hoscheck. Se a expectativa se confirmar, a queda em relação a 2016 ainda assim será de 13,8%. Parte dessa retração se explica pelo A3 sedã, modelo nacional cujas vendas recuaram 42% nestes sete meses ante igual período de 2016 (de 2,7 mil para 1,57 mil unidades).

O utilitário esportivo Q3 registrou crescimento

O utilitário esportivo Q3, também montado no Brasil, registrou alta de 23,6% no período, mas não foi o bastante para compensar o pior desempenho do sedã. Juntos, eles tiveram 658 unidades a menos no acumulado de 2017. Perguntado sobre possível vinda do Q2 para reforçar o time dos SUVs, Roscheck diz: “Só traremos em cerca de dois anos, depois de ele passar pela primeira reestilização.” O executivo também afirma que não há planos para produzir o carro no Brasil.

Sobre a nova política industrial Rota 2030, que em 2018 substitui o Inovar-Auto, o presidente e CEO da Audi diz: “Precisamos mesmo de um programa de longo prazo. Três ou quatro anos é pouco, equivale apenas ao período de criação de um único modelo. Precisamos também de condições claras, transparentes.”

A Audi produz o A3 sedã e o Q3 em São José dos Pinhais (PR), sob o mesmo teto em que a Volkswagen fabrica o Golf e o Fox. A unidade opera em apenas um turno. Ficou em férias coletivas durante 60 dias e voltou recentemente, no dia 14. Do total de 2,7 mil trabalhadores há 560 em layoff e 810 cumprem o Programa de Sustentação do Emprego (PSE, antigo PPE, de Proteção ao Emprego).

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