Mercado de ônibus
A Iveco está ampliando a sua participação no acirrado mercado de ônibus. Com foco em produtos customizados, a montadora espera dobrar o market share neste ano e garantir rentabilidade em meio à forte queda do segmento.
Em entrevista ao DCI, o gerente de marketing da Iveco Bus América Latina, Gustavo Serizawa, afirmou que maio foi o segundo mês consecutivo de liderança da Iveco no mercado de ônibus, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Iveco
“O nosso diferencial é ser a única montadora do País a entregar veículos completos ao cliente, já que temos parcerias com encarroçadoras”, destaca o executivo.
Ele afirma que esse fator é importante principalmente para clientes que estão migrando de categoria. “Um consumidor que comprava vans não tinha que lidar com os diversos trâmites de encarroçar um veículo. Entregar o ônibus completo para ele faz toda a diferença.”
A Iveco reestruturou a marca em 2014 e no primeiro ano cheio de operação (2015), a montadora obteve 3,5% de market share. “Dobramos a participação em 2016 e, até o momento, temos cerca de 14% do mercado”, explica.
Meta é encerrar 2017 …
Serizawa destaca que a meta é encerrar 2017 com esse patamar de participação. “A base do mercado retrocedeu 20 anos, mas isso não vai tirar o nosso foco”, pondera.
O segmento de ônibus é extremamente concentrado no Brasil e quase metade do mercado pertence à Mercedes-Benz. “Nós chegamos como uma alternativa.” Com um portfólio que inclui desde vans até ônibus de fretamento e turismo, além de urbanos, a Iveco aposta em nichos para crescer.
“Lançamos o primeiro ônibus acessível do Brasil que a poltrona busca o cadeirante fora do veículo. Assim, ele é transportado com mais segurança e o espaço da cadeira de rodas não elimina mais do que um banco, conferindo rentabilidade ao transportador.”
Perspectivas
A Iveco produz ônibus em Sete Lagoas (MG) e, diante da queda expressiva do mercado doméstico, a montadora elevou as vendas ao exterior.
“Todas as empresas estão fazendo da exportação uma grande fonte de negócios e para nós não é diferente”, pontua Serizawa. Ele acrescenta que a montadora deve elevar os embarques para países da América Latina como Chile, Paraguai e Costa Rica.
Serizawa observa ainda que o pós-venda é fundamental para elevar a receita no segmento. “Estamos oferecendo revisão com preço fixo. O cliente já sabe o quanto vai gastar e isso é muito relevante, ainda mais neste cenário”. (DCI/Juliana Estigarríbia)