O Instituto Europeu de Graxas Lubrificante – ELGI relata avanços dos vários grupos de trabalho para o desenvolvimento de métodos de teste em graxas lubrificantes.
Joe Kaperick, da Afton Chemical, presidente do Grupo de Trabalho sobre Avaliação de Partículas, informou que o grupo está avaliando o Medidor de Hegman para identificar nas graxas, o número e o tamanho das partículas que podem contaminar os lubrificantes e potencialmente causar danos.
O dispositivo, que é comumente usado na indústria de tintas, pode ajudar a avaliar as graxas para adequação a uma variedade de aplicações, que podem ser sensíveis a vários níveis de contaminação por partículas. A principal limitação para a sua utilização na avaliação de partículas é que o medidor não pode medir a dureza das partículas.
O grupo de trabalho, que é um esforço conjunto entre a ELGI e a organização irmã, com sede nos Estados Unidos, o National Lubricating Grease Institute – NLGI, está identificando laboratórios para participar de um programa de testes com graxas lubrificantes.
Métodos de testes em graxas lubrificantes
Já o Grupo de Desenvolvimento de Métodos de Teste em Graxas (ISO TC 28 / WG 19) está progredindo com novos métodos de teste para separação de óleo ISO/WD 22285) e ponto de gota (ISO / WD 22286).
A fabricante de equipamentos de teste Falex está desenvolvendo um teste de adesividade padronizado, e a fabricante de básicos naftênicos Nynas sugeriu uma solução para evitar preocupações com toxicidade, ao medir o ponto de anilina de graxas lubrificantes. Em vez disso, a turbidez pode ser medida e convertida para determinar a solubilidade.
O Grupo de Trabalho de Graxas de Base Biológica, também em esforço conjunto entre ELGI e NLGI, selecionou dois testes como melhores para avaliar a estabilidade de oxidação de tais lubrificantes. Eles são o Teste Rápido de Oxidação de Pequena Escala e o Teste de Medida do Diferencial de Pressão por Calorimetria, relatou George Dodos da empresa Eldon S.A.
Testes que modificam o ASTM
O procedimento RSSOT recomendado pelo grupo é uma modificação do ASTM D7545, especialmente adaptado para testes de graxa. O teste é um candidato para um novo padrão ASTM com base em estudos realizados pelo grupo de trabalho.
O teste PDSC recomendado modifica o ASTM D5483, indicando parâmetros de temperatura ou pressão mais baixos. As modificações são necessárias porque os métodos de teste padrão para avaliar as propriedades de graxas à base de óleo mineral nem sempre fornecem os resultados mais precisos para produtos baseados em produtos biológicos. O grupo voltará a atenção para medir o desempenho a baixa temperatura em graxas de base biológica.
O Grupo de Trabalho de Lubrificantes Ferroviários continua sua busca por um conjunto de testes padrão para aprovar produtos que atuam no combate à fricção na interface roda-trilho. O objetivo é desenvolver um padrão europeu com variações regionais para o material de topo de trilho. Amostras de graxa com desempenho conhecido, tanto bom quanto ruim, foram coletadas para análise, informou Constantin Madius, da Axel Americas, que atua como presidente do grupo. O trabalho também começará a revisar o padrão EN 16028: 2012 para esses lubrificantes.
O Grau Alimentício é uma preocupação
Mais uma vez, os hidrocarbonetos saturados de óleos minerais (MOSH) e os hidrocarbonetos aromáticos de óleo mineral (MOAH)surgiram como o tema quente para o Grupo de Trabalho Conjunto de Lubrificantes de Grau Alimentício, os chamados Food Grade.
Preocupações com a possível toxicidade desses produtos químicos em produtos utilizados no processamento de alimentos surgiram entre os consumidores da União Européia e, em menor grau nos Estados Unidos, relatou o coordenador do grupo de trabalho Andreas Adam, da Fragol.
No entanto, novas informações foram compartilhadas entre a Concawe, um subgrupo ambiental da European Petroleum Refiners Association e o BfR, Instituto Federal de Avaliação de Riscos da Alemanha, que deve resultar em melhor aceitação e compreensão dos MOSH e MOAH encontrados em alimentos, disse Adam.
“Os lubrificantes não parecem mais estar a na defensiva, com esse conhecimento recente, e uma maior aceitação deve ser esperada”, disse ele ao Lube Report. O grupo de trabalho resolveu elaborar um documento de posição sobre o tema como uma ferramenta para educar legisladores e consumidores.