Compra da OPEL
Conforme adiantamos no domingo (5), a PSA realmente comprou a Opel e a Vauxhall da GM. O negócio custou à empresa francesa 2,2 bilhões de euros, ou algo em torno de US$ 2,3 bilhões. A Opel custou 1,3 bilhão de euros e a Vauxhall, 0,9 bilhão de euros, algo no mínimo curioso, considerando que a Opel tem presença na Europa inteira, enquanto a Vauxhall é vendida só no Reino Unido. Mas restam mais perguntas do que respostas depois da confirmação do negócio.
As primeiras delas são sobre as cláusulas de “não-competição”. Em que mercados a PSA estará proibida de atuar com os Opel e Vauxhall? Por quanto tempo? Será que o Brasil está no meio? Será que elas incluem todos os carros ou só alguns modelos que a Chevrolet também oferece? Será que poderemos voltar a ter veículos da Opel por aqui, como Corsa, Astra, Insignia e Zafira?
Por ora, o que sabemos é que a PSA também comprou o braço financeiro da Opel e da Vauxhall com o BNP Paribas. O time atual será mantido, mas deve ser absorvido pelo braço financeiro da PSA em pouco tempo.

Economias de escala em compras, manufatura e pesquisa e desenvolvimento
Outra coisa que a compra deve permitir são economias de escala em compras, manufatura e pesquisa e desenvolvimento. A PSA diz que espera ter sinergias de 1,7 bilhão de euros até 2026, seja lá o que isso queira dizer. Provavelmente a economia para todas as empresas envolvidas. A maior parte disso já deve aparecer em 2020, quando a Opel e a Vauxhall já teriam uma margem operacional recorrente de 2%. Em 2026, essa margem operacional deve chegar a 6%. A PSA também prevê que Opel e Vauxhall saiam do vermelho já em 2020. O resto do release, infelizmente, foi só aquele blá-blá-blá protocolar sobre como o negócio foi sensacional.
Consta que a PSA fará uma coletiva de imprensa em Paris para esclarecer todas estas questões. Aguardemos por mais novidades. E que elas sejam boas tanto para as envolvidas quanto para o mercado brasileiro.