Em mais um reflexo da crise econômica, muitos consumidores contemplados em consórcios têm deixado para depois a compra de bens como veículos, um dos principais itens financiados nessa modalidade.
De acordo com o Banco Central, em janeiro havia quase 260 mil cotas com crédito disponível para utilização, no caso dos consórcios de veículos. Os estoques ficaram praticamente estáveis em relação a janeiro de 2016, mas vieram de uma trajetória de alta de 14,77% na comparação entre o começo do ano passado e o mesmo mês de 2015.
Adiamento das compras
O diretor comercial da BB Consórcios, Paulo Ivan Rabelo, vê com entusiasmo o adiamento das compras. “Devido ao perfil do cliente do consórcio não ser imediatista, entendemos que o produto tem cumprido seu objetivo no mercado”, diz.
Apesar do adiamento das compras, os consórcios cresceram 4% em janeiro em relação ao mesmo mês no ano passado. O maior aumento observado pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) se encontra nas adesões aos consórcios de serviços, com alta de 47%.
Outros setores com aumento são os veículos pesados, com ampliação de 23%, seguido por um avanço de 14,7% em imóveis e de 8,6% em veículos leves. Já o recuo nas adesões ficou por conta do setor de bens duráveis (12,5%) e os consórcios para a compra de motocicletas (2,7%).