Brasil sobe no ranking mundial de energia eólica

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O GWEC – Global World Energy Council divulgou, na sexta-feira, 10 de fevereiro, o “GLOBAL WIND STATISTICS 2016”, documento anual com dados mundiais de energia eólica. O relatório mostra que, em 2016, foram adicionados 54,6 GW de potência eólica à produção mundial, totalizando 486,7 GW de capacidade instalada.

No Ranking dos dez países com mais capacidade instalada total de energia eólica, o Brasil subiu uma posição e aparece em 9º colocado na lista dos maiores países, com 10,74 GW, ultrapassando a Itália, que está com 9,2 GW.

No ranking de nova capacidade instalada no ano, o Brasil está em quinto lugar, tendo instalado 2 GW de nova capacidade em 2016. Nesta categorização, o Brasil caiu uma posição, sendo ultrapassado pela Índia, que instalou 3,6 GW de nova capacidade em 2016.

Brasil sobe no ranking mundial de capacidade instalada de energia eólica
Brasil sobe no ranking mundial de capacidade instalada de energia eólica – Parque eólico de Osório – RS

“O Brasil tem um dos melhores ventos do mundo, uma cadeia produtiva 80% nacionalizada e investimentos que já passam da ordem dos R$ 70 bilhões no total. Temos, portanto, um ótimo potencial de crescimento. Até 2020, considerando apenas os contratos assinados e leilões já realizados, vamos chegar a 18 GW. Com novos leilões, esse número ainda vai crescer. O importante agora é que novos leilões sejam de fato realizados nos próximos meses, já que em 2016 não tivemos nenhum leilão de energia eólica pela primeira vez, desde que esta fonte começou a participar de leilões em 2009.

É um momento importante para o setor, que tem trabalhado muito junto ao governo para defender a necessidade e importância da realização de novos leilões de energia eólica tanto para sustentar a cadeia produtiva, como para a segurança energética do Brasil e para contribuir com a tarifa de energia, já que as eólicas evitam a utilização de usinas mais caras além de contribuir com o armazenamento de água nos reservatórios das hidrelétricas.

Importante lembrar que, hoje, as eólicas são a opção mais competitiva de contratação, já que as grandes hidrelétricas, que sempre ocuparam esta posição, enfrentam obstáculos para sua expansão por questões ambientais. Além disso, a energia eólica será profundamente importante para que o Brasil cumpra o Acordo do Clima”, explica Elbia Gannoum, Presidente executiva da ABEEólica, Associação Brasileira de Energia Eólica.

Em dimensões regionais, o Brasil segue líder disparado da América Latina e Caribe nos dois rankings (capacidade nova e total), representando 71% do total acumulado e 65% das novas instalações de 2016.

Para acessar os dados completos do relatório, clique no link: http://www.gwec.net/wp-content/uploads/vip/GWEC_PRstats2016_EN_WEB.pdf

Os dados abaixo, coletados e atualizados constantemente pela ABEEólica, mostram o cenário da produção de energia eólica no Brasil.

Energia eólica: Brasil alcança novas marcas

Em 2016, o Brasil alcançou a marca de 10 GW de capacidade instalada na Matriz Elétrica Nacional. Atualmente (10/02/2017), estamos com 10,8 GW de capacidade instalada, distribuída em 433 parques eólicos. Em 2016, a indústria eólica investiu US$ 5,4 bilhões no Brasil, gerando 30 mil empregos. Os dados são da ABEEólica e da Bloomberg New Energy Finance (investimentos).

No Brasil, a energia eólica abastece cerca de 17 milhões de residências, o que equivale a 51 milhões de pessoas. Para base de comparação, isso é mais que a população das regiões sul e norte somadas (cerca de 47 milhões de pessoas). Os dados são da ABEEólica calculados com base em informações da EPE. Para fazer a comparação com população, foram utilizados dados IBGE.

Climatescope

De acordo com a última edição do Climatescope (2016), o Brasil foi o segundo melhor colocado como País atrativo para destino de investimentos em energia renovável entre os 58 países pesquisados. De 2006 a 2015, o País recebeu US$ 121 bilhões (R$ 251,3 bilhões) para projetos de energia limpa. Somente em 2015, o país recebeu US$ 11 bilhões (R$ 35,9 bilhões) em investimentos em energia limpa e instalou 3 GW de novas usinas de energia renovável.

O Climatescope, índice e ferramenta on-line que avalia a competitividade no mercado de energia limpa entre países em desenvolvimento, apoiado pelos governos do Reino Unido e dos Estados Unidos, oferece um retrato abrangente da atividade de energia renovável em 58 mercados emergentes na África, Ásia e América Latina e Caribe.

O grupo inclui os principais países em desenvolvimento: China, Índia, Egito, Paquistão, Brasil, Chile, México e África do Sul, além de dezenas de outros países. Visitantes do www.global-climatescope.org podem usar o site para saber mais sobre políticas e atividades de cada país com foco em energia limpa, fazer download de bancos de dados e comparar os países baseado em seu desempenho.