Estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) aponta que o Gás Natural Veicular (GNV) segue com elevado índice de competitividade em relação aos combustíveis líquidos nos preços observados nos postos, mesmo após a redução do custo da gasolina nas refinarias.
Rio tem o GNV mais competitivo
Dos 16 estados que compõem o levantamento feito na quarta semana de novembro, 14 registraram economia igual ou maior que 51% em relação ao etanol.
O Rio de Janeiro é a unidade da federação em que o GNV tem mais competitividade, com 65% em relação ao etanol, e 57% em relação à gasolina. Neste estado o preço por quilômetro rodado com GNV é de apenas R$ 0,16, valor mais baixo registrado no país, enquanto com o etanol é de R$ 0,45, e com a gasolina, de R$ 0,37.
Em seguida estão os estados de Santa Catarina (63% frente o etanol e 52% frente a gasolina), do Espírito Santo (61% ante o etanol e 51% ante a gasolina) e de Pernambuco (60% frente etanol e 54% frente a gasolina). No estado de São Paulo, a variação de competitividade ficou entre 54% ante o etanol e 50% ante a gasolina.
O Sudeste é a região do País em que o GN, em média, apresenta a melhor relação de competitividade — o preço médio do GNV gira em torno de R$ 0,16, enquanto o da gasolina é de R$ 0,34 e o etanol, R$ 0,37.
No Centro-Oeste foi registrado o menor índice de economia – no Mato Grosso, os motoristas no estado têm 43% de economia em relação ao etanol e 41% em relação a gasolina.
Metodologia do estudo
A metodologia da Abegás, que realiza o estudo desde outubro de 2015, calcula a relação do custo por quilômetro rodado a partir do consumo médio de cada combustível com base nos preços médios apurados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP), na quarta semana de novembro.
“O levantamento mostra que, o GNV segue como uma ótima opção e continuará assim, principalmente com o recente anúncio de um novo reajuste da gasolina nas refinarias”, afirma Augusto Salomon, presidente executivo da Abegás.
“Acreditamos que o GNV é uma alternativa estratégica, inclusive em centros urbanos. Nossa proposta é estimular a adoção do GNV em transporte público municipal, com vantagens econômicas e ambientais – o gás natural emite muito menos poluentes e material particulado na comparação com o diesel”, completa Salomon.
Para calcular as porcentagens de economia do GNV em relação a cada combustível, o estudo da Abegás utiliza dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A apuração levou em conta a média de preços apurados em cada estado no mês de novembro deste ano.
Como referência para estimar a performance com cada combustível, a Abegás utiliza o Fiat Siena, veículo que traz em seu manual de fábrica o consumo médio com os três combustíveis. Com um metro cúbico de GNV é possível percorrer em média 13,2 km enquanto com um litro de gasolina o carro anda 10,7 km e com um litro de etanol, apenas 7,5 km.
A estimativa de economia mensal é medida com base em veículos que rodem 2.500 km por mês, usando o GNV em substituição à gasolina e ao etanol.