A produção de motos em agosto somou 92,8 mil unidades, registrando alta de 23,3% sobre julho por causa das férias coletivas concedidas naquele mês. No acumulado do ano, no entanto, as 632,4 mil unidades montadas em Manaus (AM) indicam queda de 30,8% ante o mesmo período de 2015, ano já bastante ruim. Os números foram divulgados pela Abraciclo, associação que reúne fabricantes dos setor.
As vendas no atacado (das fábricas às concessionárias) tiveram desempenho semelhante no período, com 607,2 mil unidades e retração de 29% ante iguais meses de 2015. As exportações registram alta de 9%, mas o volume ainda é pequeno. Nos oito meses de 2016 o Brasil enviou apenas 39,5 mil unidades ao exterior.
Ainda chama a atenção o levantamento mensal feito pela Abraciclo nos emplacamentos. A entidade vem descontando os ciclomotores usados que rodavam até pouco tempo sem placa, mas que passaram a ser licenciados desde o segundo semestre do ano passado por causa de uma mudança no código de trânsito.
Quando “expurgados” esses veículos, o licenciamento total de motos no acumulado até agosto de 2016 baixa de 706,6 mil para 620,5 mil unidades. Assim, a queda real de emplacamentos de motos zero-quilômetro em relação ao mesmo período do ano passado é de 26,9% em vez dos 16,8% divulgados pelo Renavam e reproduzidos pela Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionários.
Contudo, o presidente da associação, Marcos Fermanian, informa que o setor “tem expectativa de recuperação das vendas para os próximos meses em razão das medidas econômicas a serem implantadas”.