O volume de emplacamentos registrados de janeiro a maio deste ano, no total de 811,8 mil unidades, continua a apontar que será muito difícil ultrapassar a barreira dos 2 milhões de veículos leves e pesados vendidos em 2016, já que o meio do ano se aproxima sem que o marco de 1 milhão tenha sido superado, como já havia acontecido nesta época no ano passado. Os números do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) foram divulgados na quarta-feira, 1º, pela Fenabrave, que reúne os concessionários do setor. A retração nas vendas acumulada nos primeiros cinco meses é de 26,6%, na comparação com o mesmo período de 2015. Contudo, o porcentual anual de queda segue recuando, com 1,3 ponto a menos do que o tombo de 27,9% apurado de janeiro a abril. A tendência verificada até o momento, portanto, é que o segundo semestre seja melhor do que o primeiro, com ligeira recuperação dos negócios no último trimestre do ano, como sustenta a associação dos fabricantes, a Anfavea.
Em meio ao cenário recessivo, maio foi o segundo melhor mês do ano em emplacamentos, com 162,2 mil, número 2,9% superior ao de abril, que teve um dia a menos de emplacamentos (21 ante 20), e só menor do que o registrado em março (179,2 mil), com um dia útil a mais, 22. Ainda assim, as vendas de maio foram quase 21% menores do que as do mesmo mês de 2015.
LEVES
Considerando somente os emplacamentos de carros e comerciais leves, no total de 784,8 mil de janeiro a maio, o recuo sobre o ano passado é de 26,3%. Os 162,2 mil veículos emplacados significaram alta de quase 3% sobre abril, mas baixa de quase 21% ante o mesmo mês de 2015.
Apesar de maio ter sido o segundo melhor mês em vendas também para os veículos leves, a média diária de emplacamentos caiu 158 unidades na comparação com abril, descendo de 7.880 por dia útil para 7.722 no mês passado.
CAMINHÕES E ÔNIBUS
A situação continua bastante crítica no segmento de veículos comerciais pesados, extremamente dependentes do desempenho da economia e de financiamentos subsidiados do BNDES, ambos os fatores em baixa. O cenário é ainda piorado pela superpopulação de caminhões novos sem uso, comprados na época dos juros irreais, que estimularam aquisições sem necessidade real.
De janeiro a maio foram emplacados no País apenas 21,3 mil caminhões, segundo os dados mais recentes divulgados pela Fenabrave. O volume é 31,8% menor do que o apurado no mesmo período de 2015, que também foi um dos piores anos para o segmento e deverá ser superado por este em retração ainda mais profunda. Os 4.081 caminhões vendidos em maio significaram quedas de 2,5% sobre abril e de 32,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
No acumulado de 2016, o cenário é ainda pior para as vendas de chassis de ônibus, que somam 5,7 mil nos primeiros cinco meses do ano, volume 42,8% menor do que em 2015. No mês, contudo, os 1.255 chassis comercializados representam alta de 9,6% sobre abril, mas baixa de 26,6% ante o mesmo mês do ano passado.