China expande produção de Polialfaolefinas (PAO)

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paoAs operações de produção de óleos básicos a partir do processo de transformação do carvão em líquidos (Coal To Liquid – CTL) que o Shanxi Lu’an Group está abrindo em Changzhi, China, incluem uma usina com capacidade para produzir 3.000 toneladas métricas por ano de polialfaolefinas de baixa viscosidade, aumentando o fornecimento de PAO na China.

A empresa, que é um dos maiores fornecedores de carvão do país, também abriu uma fábrica maior, no mês passado, que produz óleos básicos do Group III.

As instalações de óleos básicos fazem parte de um complexo pré-existente de refino de carvão para a produção de líquidos, com capacidade total para fabricar 1,8 milhão de toneladas por ano de produtos CTL. O complexo usa um processo próprio Lu’an de Fischer-Tropsch, baseado em cobalto, para transformar carvão e gás natural em líquidos, disse o gerente geral Liu Junyi.

O processo produz olefinas – cadeias de hidrocarbonetos insaturados de vários comprimentos. A empresa usa um processo de purificação para extrair produtos da faixa de C2 a C20 (número de átomos de carbono) e os sintetiza para produzir PAO, diesel, gasolina, querosene e outros combustíveis.

A capacidade para esse fluxo combinado de produtos está sendo expandida para 50 mil t / ano, disse Liu, incluindo 23 mil t / ano de PAO. Deste último montante, 20.000 t / ano são PAO de alta viscosidade (variando de 40 a 200 centiStokes) produzidas por uma planta que foi aberta em 2015, como uma joint venture com a Naco Lubrication Co., sediada em Xangai.

Próxima planta de PAO

A Lu’an se prepara para concluir, em outrubro próximo,  a construção de uma planta de totalmente de sua propriedade, para produzir 3.000 t / ano, de PAO de baixa viscosidade variando de 4 a 10 cSt. Essa instalação, juntamente com a produção do Grupo III, será gerenciada pela subsidiária Lu’an Taihang Lubricant Co.

A Lu’an já tem planos de construir outra planta PAO de baixa viscosidade de 30.000 t / ano, mas Li não indicou o cronograma para esse projeto.

A empresa disse que sua capacidade de fazer PAOs de baixa viscosidade, a partir de CTL, é uma inovação alcançada por meio de um processo desenvolvido em parceria com Li Juisheng, do Instituto de Pesquisa Avançada de Xangai, parte da Academia Chinesa de Ciências.

Produção ainda menor que a demanda

A China produz substancialmente menos PAO de baixa viscosidade do que usa, de modo que sua indústria de lubrificantes depende amplamente das importações desse material.

A indústria de lubrificantes usa PAOs de baixa viscosidade como bases para lubrificantes sintéticos de alto desempenho. PAOs de alta viscosidade são principalmente aditivos lubrificantes para modificação de viscosidade.

A produção do complexo de olefinas maiores que C20 por CTL é usada para fazer os básicos do Grupo III, por meio de um processo de produção de olefinas de uma única etapa. Esse fluxo de produção tem capacidade de 300.000 t / ano.

Liu de Lu’an descreveu as PAOs produzidas no complexo como alcanos com pontos de fulgor de 280 graus Celcius e resultados no teste de viscosidade a frio (CCS) de até 1.600 milPascais por segundo, a menos 35 graus Celcius. Os óleos do Grupo III são alcanos de cadeia ramificada com ponto de fulgor acima de 200 graus Celcius.

Além de sua joint venture com a Lu’an, a Naco opera uma planta de 15 mil t / ano de PAO em Xangai.

A China agora está em segundo lugar globalmente, atrás apenas dos Estados Unidos, no número de fábricas da PAO. As fábricas da China são menores do que a maioria na indústria, portanto, a Bélgica e a França têm mais capacidade.